Nossa História
“uma morada de sonhos do coletivo”
O MUF (cuja pronúncia traz um vento novo) é - de um modo muito claro - “uma morada de sonhos do coletivo”.
Trata-se de um museu que abriga sonhos individuais e coletivos, sonhos que se fazem bem concretos e que também significam lutas a favor da dignidade social, da melhoria das condições de vida das comunidades que o abrigam, do direito de ser diferente e continuar sendo assim, da potência transformadora da memória como ato de coragem para a criação do novo e produção do futuro.
Mário Chagas
O Museu da Favela – MUF – foi criado em 5 de novembro de 2008 por lideranças comunitárias e culturais, em sua maioria, moradoras dos morros de Cantagalo, Pavão e Pavãozinho. Essa criação se deu no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no território. Seu lançamento se deu em 14 de fevereiro de 2009 num grande evento realizado na quadra da Escola de Samba Alegria da Zona Sul, no morro do Cantagalo, quando o MUF apresentou a exposição “Despertar de Almas e de Sonhos – Velhos Ilustres”.
Trata-se de um museu de território, a céu aberto, cujo acervo é constituído de seus moradores, seus modos de vida, suas habitações e sua memória. Também tem um patrimônio natural de Mata Atlântica, com vistas panorâmicas para a Lagoa, Ipanema e Copacabana, na Zona Sul da Cidade do Rio de Janeiro.
Por ser um museu de território, tem uma base operacional para a realização de exposições e outros eventos. Nos primeiros dez anos, essa base operacional ficou situada na Capela Nossa Senhora de Fátima, no morro do Cantagalo, em parceria com a Igreja Católica. A partir do final de 2019 essa base mudou-se para o quarto andar do edifício do CIEP Presidente João Goulart, também no morro do Cantagalo, por meio de um termo de cessão de uso assinado com a Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do RJ. O local tem abrigado várias exposições preparadas pelo MUF ou por instituições museais e ONGs parceiras.
MUF
Conheça nossos fundadores
Os fundadores do MUF são um grupo de 14 pessoas, alguns dos quais residentes no território. São artistas de artes visuais, músicos, cantores e compositores de hip-hop e samba, lideranças comunitárias reconhecidas, radialistas, jornalistas, capoeirista, artesãs, fotógrafos, uma ex-empresária arquiteta-urbanista e um advogado.
Assumiram um compromisso de longo prazo: trabalhar pela valorização da memória cultural coletiva, pelo fortalecimento do bom caráter comunitário, pela criação de uma visão de futuro transformadora das condições de vida na favela, através das memórias e da cultura local, embalada no formato de um museu territorial.
Antonia Soares
Aline Silva
Valdete Santos
Sidney Silva
Rita de Cássia Pinto
Marcia Souza
Katia Loureiro
Marli Melo
Rita de Cássia Silva
Deusdete Ribeiro
Carlos Esquivel ACME
Jonathan Rodrigues
Paulo Martins
Jacir Lemos
Nossas primeiras exposições
Circuito Casas-Tela
Caminhos de Vida do Museu de Favela
Exposição Mulheres Guerreiras
Museu de Favela
Exposição Velhos Ilustres
Museu de Favela
Exposição Velhos Ilustres
Museu de Favela
Circuito Casas-Tela – Caminhos de Vida do Museu de Favela
Configura-se como uma galeria de arte a céu aberto construída pelo MUF. Ela é composta por um interessante conjunto de obras de arte instalado no território desse museu vivo, retratando as memórias e a cultura local. Por meio de três portais de acesso, é possível conferir 27 telas de arte grafite/naïf que foram inauguradas em 2009 com curadoria do artista Carlos Esquivel, o ACME, que convidou e liderou diversos grafiteiros do Rio de Janeiro, de outros estados e países na composição do roteiro artístico.
A partir do segundo semestre de 2024, esse circuito vai ser acrescido de mais 4 trabalhos artísticos que valorizam as expressões culturais do morro e moradores que deixaram legados importantes para a comunidade. Além disso, placas artísticas serão instaladas em locais estratégicos do território para valorizar a importância das instituições parceiras e da solidariedade na vida da favela.
Um Despertar de Almas e de Sonhos
Entrevistar, homenagear antigos moradores, é a maior demonstração de reconhecimento pela trajetória de luta e resistência dessas pessoas; através de suas falas é perceptível que no passado enfrentaram sérias dificuldades de sobrevivência, conviveram com o risco das remoções e são essas histórias que compõem o acervo do Museu de Favela. Por meio das memórias individuais, compreendemos a memória coletiva desse território, as relações de pertencimento e a identidade local. A partir da coleta dos depoimentos, o Museu de Favela compartilhou com a sua comunidade e, em seguida, levou esse acervo para diversos espaços culturais dentro e fora do Rio de Janeiro de modo a divulgar a história de formação das comunidades do Pavão, Pavãozinho e Cantagalo, recuperando a história oral de moradores ilustres, feitas por moradores da favela e que fazem parte da Organização Museu de Favela.
Exposição Velhos Ilustres
A primeira exposição do MUF entrevistou e homenageou 13 antigos moradores que contaram suas histórias de vida, seus percursos nos becos e vielas do morro e seu legado. A partir desses depoimentos o MUF também apresentou um pouco da história de transformação urbana nos morros do Cantagalo, Pavão e Pavãozinho – as lutas para a conquista de direitos básicos como água encanada, luz etc. Os depoimentos trazem, também, ricas informações sobre as manifestações culturais do morro.
Esta foi a exposição que inaugurou o Museu. Depois ela foi levada para três equipamentos culturais do Estado do Rio de Janeiro (Museu Solar dos Mellos – Macaé; Museu Forte Defensor Perpétuo – Paraty e Museu de Arte Religiosa e Tradicional – Cabo Frio), amplificando assim a voz e as memórias da comunidade.
Exposição Mulheres Guerreiras
Trata-se de uma extensão do prêmio Mulheres Guerreiras, lançado por ocasião da V Semana da Primavera de Museus, do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) em 2011, tendo como tema “Mulheres, Museus e Memórias”. O MUF, em sua programação, criou o Sarau das Mulheres Guerreiras das favelas do Cantagalo, Pavão, Pavãozinho, quando doze mulheres foram agraciadas com o Prêmio Mulheres Guerreiras 2011, tornando-se este prêmio parte integrante do calendário anual da instituição.
A exposição foi o resultado do esforço coletivo dos integrantes do MUF, em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro. As entrevistas foram realizadas pela jornalista, pesquisadora de memórias e uma das fundadoras do museu, Rita de Cássia Santos, com apoio da Diretora Cultural Márcia Souza. A escolha e a seleção das mulheres homenageadas foram feitas pelo colegiado de diretores do Museu de Favela, que indicou as mulheres a serem entrevistadas e selecionou as histórias que mais representavam a memória coletiva desse complexo de favelas.
Esta primeira exposição das Mulheres Guerreiras também saiu em exposição para outros equipamentos culturais do Estado do Rio de Janeiro – Museu da República, Rio de Janeiro; Museu Palácio Rio Negro, Petrópolis e Museu do Ingá, Niterói.
Outras edições dessa exposição já foram feitas, ampliando assim a voz das mulheres do território do Pavão, Pavãozinho e Cantagalo.
Museu de Favela
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